terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A ÁGUIA E A GALINHA


Era uma vez um camponês que foi a floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Coloco-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
 - Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
            - De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha.
Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
 - Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas. - Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.  Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que você de fato é uma águia,  já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou: 
         - Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha! 
        - Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. 
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
                  No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe: 
        - Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe! 
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. 
O camponês sorriu e voltou à carga: 
        - Eu lhe havia dito, ela virou galinha! 
                  - Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração  de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã a farei voar. 
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: 
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra abra suas asas e voe! 
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. 
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...

3 comentários:

  1. As vezes para fazermos coisas grandes , e impossível para nós e para outras pessoas que estão ao nosso redor basta olharmos para o alto, e reconhecermos que o nosso destino é o céu e não a terra.
    Flávio B. Henrice
    Turma 13

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  2. AS VEZES SOMOS CONDICIONADOS A AGIR DE CERTA FORMA, QUE NÃO CONDIZ COM O QUE SOMOS, APENAS FOMOS ACOSTUMADOS E ENSINADOS A ISSO.
    DEVEMOS SEMPRE OLHAR E ENCONTRAR A VERDADE NAS COISAS, ANTES DE AGIRMOS. NÃO SOMOS ROBÔS E SIM SERES HUMANOS COM VONTADE PRÓPRIA.
    LENI B COSTA
    TURMA 13

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